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FecomercioSP: alta internacional do preço do ouro eleva a 4,79% inflação do Dia dos Namorados

São Paulo

09/06/2025 17h25

No próximo dia 12, poucos serão os namorados que, na hora da troca de presentes, poderão suspirar diante do brilho de uma lembrança de ouro. Por conta do anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no início de abril de tarifar as importações de diversos países, o preço do outro disparou no mercado internacional.

Só no Brasil o preço do precioso metal subiu 50%, ando a custar R$ 600 o grama. Isso fez com que a inflação da cesta de 30 produtos tradicionalmente procurados para a data, todos selecionados pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) a partir de dados do IBGE, subisse a 4,79% este ano, ante 1,92% no ano ado.

Por causa da disparada do ouro, os preços das joias dispararam, alcançando uma elevação de 33,66% em um ano. "Isso se explica pela alta do preço do ouro no mercado internacional, que, por sua vez, ficou ainda mais caro por causa das grandes incertezas mundiais em meio às medidas tarifárias adotadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump", dizem os economistas da FecomercioSP.

Ainda assim, a entidade mantém a projeção de um aumento de 4,8% nas vendas para este ano, em relação a 2024.

"O Dia dos Namorados de 2025 será mais caro para os casais que vão trocar presentes. Com base na cesta de 30 produtos tradicionalmente procurados para a data, todos selecionados pela FecomercioSP a partir de dados do IBGE", reforçam os economistas da entidade representativa do comércio varejista do Estado de São Paulo, que ressalta que, neste caso, o levantamento tem abrangência nacional.

Contudo, pondera a FecomercioSP, apesar do número alto, a inflação dos namorados este ano está abaixo da inflação média brasileira, que, no acumulado dos últimos 12 meses, chegou a 5,4%, segundo o IBGE.

"Isso significa que a cesta para a data está mais cara do que em 2024, mas abaixo do avanço médio de preços de produtos e serviços no País", reforçam os economistas da entidade.

Além do ouro, há um conjunto de presentes que também inflacionaram de 2024 para cá em um ritmo maior do que o último Dia dos Namorados. Os perfumes, por exemplo, cresceram 8,32% - sendo que, no ano ado, tinham ficado 3,83% mais caros. Produtos para a barba também encareceram, aumentando 6,29%, em 2025, após os preços expandirem 3,88%.

"Nesses casos, a explicação está no câmbio. Como são itens, em grande parte, importados, ficam mais sujeitos à variação do dólar ante o real. Na comparação com o ano ado, a moeda subiu, impactando o custo das importações no País", explicam os economistas da FecomercioSP.

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