MP denuncia Bruno Krupp por tentativa de homicídio após prisão por agressão

O MPRJ denunciou o modelo Bruno Krupp e outras cinco pessoas por tentativa de homicídio qualificado contra um estudante de direito. Ele foi preso ontem pelo delito.
Krupp já havia sido preso em 2022 por matar um adolescente de 16 anos em um atropelamento, na Barra da Tijuca.
O que aconteceu
Segundo o MP, o crime aconteceu na madrugada do dia 22 de maio, em um bar próximo à Lagoa Rodrigo de Freitas, na zona Sul do Rio. Além de Krupp, foram denunciados Pedro Vasconcelos do Amaral Sodré, Artur Velloso Araujo, Jacobo Pareja Rodriguez, Felipe de Souza Monteiro e Luma Melo Rajão. O MPRJ requer que os denunciados sejam levados a júri popular.
O desentendimento teria começado ainda dentro do bar. Quando pegava o carro para ir embora, o estudante foi cercado pelo grupo de agressores e levou diversos chutes e socos na cabeça, ficando desacordado.
Krupp teria incentivado que as agressões continuassem, mesmo com a vítima desacordada. "Mata ele. É os capetas. Mata o gorducho. Tem que matar. Tem que matar. É os capeta. Mata esse filho da P*", teria dito o modelo.
As agressões foram registradas em câmeras, e uma das vítimas, já caída no chão, recebeu 22 pisões no rosto. "Parte do grupo gritava para que os agressores matassem o homem, que ficou desacordado por cinco dias", diz a Polícia Civil, em nota enviada para Splash.
O crime de homicídio, ainda segundo a denúncia, foi cometido por motivo cruel e torpe e não se consumou por circunstâncias alheias à vontade dos acusados, já que a vítima foi socorrida por uma viatura do Corpo de Bombeiros e encaminhada ao Hospital Miguel Couto.
Nos autos do processo, Bruno Krupp não possui indicação de representantes de sua defesa. Até o momento, apenas a mulher presa no caso possui um advogado.
Prisão por morte de adolescente
Em 2022, Bruno Krupp foi preso pelo atropelamento e morte do adolescente João Gabriel Cardim Guimarães, 16 anos, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. O modelo saiu da Cadeia Pública Pedrolino Werling de Oliveira, conhecida como Bangu 8 no ano seguinte, graças a um habeas corpus concedido pelo Superior Tribunal de Justiça.
Após ficar oito meses preso, Bruno responde pelo homicídio com dolo eventual, quando assume o risco de matar. Ele irá a júri popular pelo crime do adolescente.